mercado da segurança eletronica cresce

Uma das áreas que mais cresce no mercado da segurança é a eletrônica.

Segundo dados anuais divulgados por associações e sindicatos do setor a média de crescimento tem se mantido na casa dos 20% ao ano.

A quantidade de empresas que atuam no segmento da segurança eletrônica no Brasil está estimada em 1.500, sendo que só a cidade de São Paulo concentra cerca de 53% delas. Entre os sistemas mais procurados estão os Circuitos Fechados de TV (composto por câmeras de filmagem e central de monitoramento), sensores de presença, alarmes, sistemas biométrico, controladores de acesso, cercas elétricas, botões de pânico, câmeras de segurança e porteiros eletrônicos. O aumento na demanda, que se deve muito mais à elevação da sensação de insegurança nos últimos dez anos do que à conscientização sobre a importância da prevenção, repercutiu também no mercado de trabalho.

Tendo em vista a importância da atividade, tramitam em Brasília vários projetos para melhorar a profissionalização do setor. Em 2004 foi criado, em São Paulo, o Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Siese), o primeiro específico do setor e, que em breve, deverá contar com unidades em outros estados brasileiros.

O mercado de segurança eletrônica pode ser dividido em duas grandes áreas: a do mercado corporativo (formado por empresas e instituições financeiras) e a do varejo (voltado aos consumidores finais).

Com o novo conceito de sistemas automatizados de segurança, a eletrônica também passou a fazer parte dos novos projetos de edifícios e casas “inteligentes”, onde é possível controlar as mais diversas funções, como acendimento de luzes, câmeras, temperatura através do telefone celular, de um computador ou até mesmo de um simples palm. Fazem parte desses projetos de tecnologia avançada condomínios de luxo, shopping centers, hotéis, parques temáticos, entre outros empreendimentos.

A produção nacional de vários equipamentos de segurança eletrônica possibilitou também a redução dos custos desses sistemas, que passou a conquistar o mercado varejo. Esse novo mercado possibilitou várias mudanças no conceito da própria segurança, que antes era destinada apenas às classes de maior poder econômico.

A redução no valor do seguro para quem investe na prevenção também se mostra como um forte aliado à ampliação dos sistemas de segurança. Isso já pode ser observado nos seguros de automóveis, onde é oferecido desconto na apólice para o proprietário que utiliza sistemas de segurança no veículo.

Mesmo com todas as vantagens oferecidas com o uso da tecnologia para combater o crime, principalmente no setor privada, ao contrário do mercado norte-americano e europeu, onde há uma certa colaboração entre órgãos públicos e o setor privado, no Brasil ainda existe uma certa concorrência entre o monitoramento feito pela segurança privada e o trabalho policial. Mas essa concorrência tende a diminuir ou quem sabe até acabar nos próximos anos, pois já não são raros os casos onde a recuperação de um veículo, por exemplo, se deve principalmente à atuação do sistema de monitoramento realizado por em empresas de segurança.